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Receber um diagnóstico oncológico é um momento que paralisa a vida. De repente, todas as prioridades mudam e o foco passa a ser um só: a cura. No entanto, para muitos pacientes e suas famílias, o medo da doença logo divide espaço com uma angústia ainda mais cruel: a negativa do plano de saúde. Receber um "não" administrativo quando se tem em mãos um pedido médico urgente traz uma sensação profunda de injustiça e desamparo, transformando o momento de cuidado em uma batalha solitária contra uma engrenagem fria e burocrática.
Essa recusa não afeta apenas o tratamento físico; ela rouba algo precioso: o tempo. Sabemos que, na oncologia, cada dia de espera por uma cirurgia, por um medicamento de alto custo ou por uma quimioterapia específica gera uma ansiedade devastadora. A incerteza sobre o amanhã impacta o sono, a estabilidade emocional da família e a própria esperança de recuperação. É doloroso saber que a ciência oferece uma chance, mas que o acesso a ela está sendo barrado por cláusulas contratuais ou alegações de que o procedimento não consta em listas administrativas.
É fundamental que você saiba que essa negativa, muitas vezes, não é a palavra final. A legislação brasileira protege o paciente em situação de vulnerabilidade. A Lei nº 9.656/98 (Lei dos Planos de Saúde) estabelece a obrigatoriedade de cobertura para doenças listadas na CID-10, como o câncer. Além disso, a recente Lei nº 14.454/2022 reforçou o entendimento de que o Rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) é exemplificativo, e não taxativo. Isso significa que, havendo comprovação científica e recomendação médica, o plano pode ser obrigado a custear o tratamento, mesmo que ele não esteja expressamente na lista da agência. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem consolidado o entendimento de que cabe ao médico especialista — e não à operadora de saúde — determinar qual é a terapia mais adequada para salvar ou prolongar a vida do paciente.
Você não precisa carregar o peso dessa luta burocrática sozinho enquanto cuida da sua saúde. O Direito existe para reequilibrar forças e garantir que a dignidade da vida humana prevaleça sobre questões econômicas. Se você ou um familiar está enfrentando dificuldades para obter a autorização de um tratamento essencial, buscar orientação jurídica especializada é o passo mais seguro para entender as possibilidades de reverter essa situação através de liminares ou ações judiciais, sempre analisando o caso concreto com a seriedade que ele exige.
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